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Olho a lua prateada,
Resplandecente.
Cheia de graça,
Entre as nuvens,
Ela transita,
Irradiando o brilho
Que lhe é peculiar,
Iluminando a face dos seres
Que por ela
Se deixam seduzir.
Cheia de encantos,
É como toda mulher,
Que se compraz,
Sabedora do fascínio,
Que exerce, onde quer que vá.
Passeia graciosamente
Pelo firmamento,
Distribuindo esperanças
De um possível affair
Com quem por ela suspira.
E quando a madrugada vem,
Ela se recolhe,
Adormece e sonha...
E espera por mais uma noite
Em que, novamente,
Cheia de mistérios,
Voltará para brilhar.
Oh, lua deslumbrante,
Definitivamente,
Poderias ser chamada:
MULHER!
Entulhos de emoções
O que resta de toda experiência emocional são os elementos que castigam as estruturas de equilíbrio da alma com o corpo. Nossos medos descontrolados, nossas visões distorcidas facilmente se corrompem por atos que resultam apenas na busca pela felicidade, e não na própria felicidade, sendo assim acabamos vivenciando uma intensidade criada pela nossa própria emoção, pela nossa própria fraqueza interna que não transparece em muitos dos casos na nossa capa protetora, naquilo que se envolve por fora, no nosso exterior.
Às vezes sentir a presença do afeto que realmente nos falta faz com que a gente se sinta seguro de que está possuído por qualquer espécie de fé que nos invadiu sem explicação, sem que a gente percebesse.A falta do reconhecimento do amor que criamos parte nos julgando, nos conduzindo ao fracasso, ao medo maior, ao desentendimento por completo do vínculo do amor por si próprio e do amor da alma que se calcula de forma distinta.
Nessa distinção das emoções do corpo e da alma é fundamental que haja um fortalecimento por dentro, ou seja, que seja feita da estrutura frágil que é o corpo, uma espécie de abrigo da alma, sem interferir nas emoções que este apresenta ter.
Aos condenados pela dor: Abriguem suas almas, amem a dor, e façam do corpo um depósito de mágoas!
João Paulo Corumba
Catarse
Este desembarque de emoções
Conduz o mar doce de sonhos
Que mergulha nesse rio salgado de amor
Paralisado pela correnteza
Que estaciona a euforia em nosso calor disperso
Que só funciona como deve quando sente
Que só sente como deve quando nunca inicia
É tanto paradoxo que nem se altera
Este calor se perde em seu próprio incêndio
Por sentir que é amor o que não tem nome
Por sentir que a dor é finita deixa queimando
Porque no fundo o que sente traz um sentido
O sentido de que nem tudo que nos trava freia o coração.
João Paulo Corumba
( Safo )
Ditosa que ao teu lado só por ti suspiro!
Quem goza o prazer de te escutar,
quem vê, às vezes, teu doce sorriso.
Nem os deuses felizes o podem igualar.

Sinto um fogo sutil correr de veia em veia
por minha carne, ó suave bem-querida,
e no transporte doce que a minha alma enleia
eu sinto asperamente a voz emudecida.
Uma nuvem confusa me enevoa o olhar.
Não ouço mais. Eu caio num langor supremo;
E pálida e perdida e febril e sem ar,
um frêmito me abala... eu quase morro ... eu tremo.
"Quando Nietzsche chorou" tem essa passagem.
"Ensino que a vida jamais deveria ser modificada ou esmagada devido à promessa de outro tipo de vida futura. O imortal é esta vida, este momento."
Friedrich Nietzsche
Nietzsche sabia muito bem que não se pode fixar um método seguro nem
uma vida direta para chegar à verdade sobre si mesmo: não há um caminho
traçado de antemão que bastasse segui-lo, sem desviar-se, para se chegar a
ser o que se é. O itinerário que leve a um “si mesmo” está para ser
inventado, de uma maneira sempre singular, e não se pode evitar nem as
incertezas nem os desvios sinuosos.
Quando entramos livremente na vida de alguém, somos livres, também, para partir, quando quisermos. Esta é a essência de uma relação saudável e madura entre dois seres adultos. Entretanto, o que se obeserva é que a maioria das pessoas não está preparada para reagir com serenidade, quando vivencia tal situação.
De modo geral, elas costumam ter um discurso bastante liberal, porém, na prática são reticentes na hora de agir, às vezes totalmente incoerentes.
Infelizmente, quase sempre, uma das partes sente-se rejeitada e, não sabendo lidar com o fato, sofre muito. Possivelmente, esta seja uma das causas dos crimes passionais, o que não justifica tais atos. Faço apenas uma constatação.
Ainda somos muito "primitivos" no que diz respeito às relações amorosas. Pretensiosamente, nos sentimos donos daquele que julgamos ser quem pode nos fazer feliz.
Li um livro cujo título era "Ninguém é de ninguém", bastante interessante. Embora a linha de pensamento da autora fosse a de crenças em vidas passadas, ela foi muito feliz em suas colocações.
Acredito que temos que "crescer" e evoluir muito ainda, para podermos desfrutar dos momentos em que ficamos ao lado de quem nos faz bem ( sendo eles- os momentos- curtos ou duradouros ), sem a expectativa de que sejam para sempre, mas bons enquanto durararem...
"Até mesmo amar sem esperança é felicidade. Só se ama aquilo que não se possui completamente."
( Marcel Proust )
"O amor nasce de quase nada e morre de quase tudo."
( Júlio Dantas )
"Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção."
( Saint-Exupéry )
O destino une e separa as pessoas, mas nenhuma força é tão grande para
fazer esquecer pessoas que, por algum motivo, um dia nos fizeram feliz.