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Todo lo contrario
Pronósticos Colecciono
anuncios matices y
Y Signos
sospechas y
señales y
Imagino proyectos de promesa
quisiera não perderne
solo un indicio
ayer
sin ir más lejos
ese que ayer empezó siendo aciago
se convirtió en buen día
a las nueve y catorce
cuando vos
Inocente
dijistes así al pasar
que no hallabas factible
La pareja
la pareja del amor
Naturalmente
Não vacile un segundo
me aferre dictamen um ese
Porque somos vos y yo
despareja la.
Com um beijinho SEXTA-FEIRA TREZE ... ... Lúcia.
SEXTA-FEIRA TREZE ...
Hoje, dia de sorte ...
Para muita gente ...
Para outra gente ...
É mesmo azar de verdade ...
Os dias são assim ... Bons e maus ...
Mas hoje o dia é diferente ...
Sexta-feira treze ...
Dia marcado pela crença ...
Para mim ... um igual aos outros.
E só para contrariar eu ...
Tento que seja um dia bonito ...
Espero que neste dia ...
A sorte a pareça ...
A felicidade sorria ...
... E o chapéu mesmo assim não fique na cama ...
... E muito menos na mesa ...
... A escada é escondida ...
... As pernas não ficam cruzadas ...
... Como ficam fechadas tesouras ...
... Os sapatos virados ao contrário ...
... O gato preto que não Apareça ...
Tanta coisa ...
Crendice Tanta ...
Que sustenta ...
A tradição ...
E eu continuo a gostar sempre de todas as sextas-feiras ...
Pois é mesmo o dia preferido ...
É ... Fim de semana ...
LILI LARANJO
Presente da Lili: que meigo!
BA: Salvador vai ganhar primeiro museu multimídia da música negra
:Bahia, Carlinhos Brown, Centro de Música Negra, cultura negra, Museu, Salvador - iurirubim às 9:25
Uma coletiva de imprensa, realizada ontem à tarde, anunciou a criação, em Salvador, do Centro de Música Negra, o primeiro museu multimídia dedicado à música negra em todo o mundo.
O empreendimento é uma parceria entre o grupo de mídia francês Mondomix, Carlinhos Brown e a Secretaria de Cultura da Bahia e deve ser inaugurado daqui a um ano, em dezembro de 2010. O Centro será instalado no Museu du Ritmo, casa de espetáculos de Brown localizada no bairro do Comércio.
O Centro de Música Negra terá salas de exposição permanentes e temporárias, um centro de pesquisa e documentação online, café, restaurante, e espaço para shows, palestras e workshops. O seu projeto cenográfico é assinado pelo arquiteto paulista Pedro Mendes Rocha, também autor do projeto arquitetônico do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Ao apresentar o desenho do novo museu, o arquiteto não se contém e afirma: “Para mim, o nazismo e a escravidão foram os maiores exemplos de loucura coletiva da humanidade”.
Responsável pela concepção e produção do projeto - bem como pela pesquisa do conteúdo artístico, realizada com a colaboração de especialistas internacionais -, a Mondomix projeta um museu sensorial e interativo, repleto de inovações tecnológicas cujo objetivo é fazer o público imergir nas sonoridades com DNA africano.
O conteúdo do novo museu é inesgotável, afinal, não param de surgir, em cada canto do mundo, novos artistas, grupos e ritmos derivados, inspirados, enfim, herdeiros da cultura negra.
Após a entrevista coletiva foi inaugurada uma exposição multimídia temporária, um pequeno aperitivo do que será o Centro de Música Negra, que poderá ser visitado de hoje até 15 de novembro, das 18h às 22h.
“Os tambores nasceram para substituir as armas”
Óculos escuros, uma espécie de turbante estilizado, um colar de contas por cima da roupa. Sentado em meio à mesa como um cacique, Carlinhos Brown faz um discurso emocionado, expressando tanto a dor ainda hoje presente na vida dos negros quanto a esperança de construir um planeta mais pacífico, harmonioso e tolerante.
- Tem sido árduo nos manter não-violentos com leis que não criamos e que não nos protegem com a dignidade que necessitamos. Nós, africanos, temos que vencer essa dor, essa miséria. Não a pobreza, porque a pobreza nós sempre estivemos preparados para enfrentar - diz o cantor.
Embora confiante na construção de um mundo que valorize a diferença, a fala de Brown também revela as cicatrizes ainda vivas de séculos de escravidão.
- Falam muito de Cristo. Eu acredito em Cristo. Mas Cristo veio em muitas formas, em muitos navios negreiros - diz.
Brown, com a cantora Mounira Mitchala (Chade): "Nós nos perdemos quando esquecemos nossas origens"
O músico defende ser preciso “reeducar o mundo” a partir de práticas e valores das culturas negras e indígenas. “Os tambores nasceram para substituir as armas”, afirma.
- Nós nos perdemos quando esquecemos nossas origens. A África está adormecida em todos aqueles que pensam que não somos todo africanos. Não falo apenas dos negros não - todos viemos da África. A natureza pode ter vários nomes. Um deles é África.
Para Brown, o Centro de Música Negra tem o papel de oportunizar esse retorno às origens, o contato com matrizes culturais renegadas pela cultura ocidental e o intercâmbio entre diferentes culturas.
- Aqui as crianças vão encontrar o que não vêem nas suas escassas horas nas salas de aula. Vamos tirar de cena o tráfico e fazer um tráfego de cultura a partir do Centro de Música Negra. O Centro amarra esse nosso desejo coletivo de unir nossas culturas e nos irmanarmos - advoga.
O momento mais emocionante da entrevista coletiva é a menção que Brown faz a Neguinho do Samba, falecido no dia 31 de outubro: “Queria muito que um dos meus heróis, um dos meus mentores, Neguinho do Samba, estivesse aqui de corpo presente”.
O cantor lembra do trabalho de Neguinho do Samba e diversos outros líderes negros, especialmente aqueles que atuam no centro histórico de Salvador, e faz um chamado:
- Nós vamos levantar o Pelourinho. Vamos rever o Pelourinho como um centro de liberdade do nosso povo.
(fotos: Edgar Souza/ Divulgação)
Restou-me só lembranças .
Era outono,
Tempo de cultivar felicidade.
Semeei Amor
Em canteiro preparado
Com muita esperança.
Todos os dias,
Ele era regado
Com chuvas de verão
E dele exalava
Um perfume primaveril.
Quando veio a Primavera,
Colhi os mais belos frutos
Da estação.
O tempo passou,
E uma nova estação chegou.
Era o inverno,
Que trouxe na bagagem
A devastação.
Todo o meu esforço
Foi em vão.
Um frio intenso
Dizimou o que cultivara,
Com tanta dedicação.
Hoje, me encontro só,
Enregelada e imobilizada,
Recordando o Amor
Que não vingou.
Uma parte de mim
E todo mundo:
Outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
multidão é:
outra parte estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
Pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
alomoça e janta:
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
permanente é:
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
Linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
_ Que é uma questão
de vida ou morte _
arte será?
Ferreira Gullar