quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Photo Cube

Livre do teu fascínio

O que te fez pensar,
Que és imprescindível,
Insubstituível?
O teu fascínio?
Já não me seduzes,
Como antes,
O encanto se acabou,
E nada mais restou,
Daquele tempo feliz,
Em que fui tua,
Por inteira,
Tua cúmplice,
Companheira,
Amante ardente.
Supri tuas carências,
Saciei teus desejos.
Um dia, um novo amor
Encontraste, e por ele
Me trocaste,
Te foste com ele.
Fiquei só, desesperada,
O coração dilacerado,
A alma em prantos,
Pensei que morreria,
Mas reagi e sobrevivi.
O tempo passou,
Amenizou minha dor.
Nunca mais ouvi falar em ti.
De repente, reapareceste,
Cheio de confiança.
Pensaste que seria fácil
Me reconquistar,
Que eu cederia,
Aos teus encantos.
Ledo engano!
Como eu disse,
Bem no início,
Já não me dominas,
Com o teu fascínio.
Regressa, querido,
E leva contigo,
As algemas que um dia,
A ti me prenderam.
Nunca mais serei prisioneira
De alguém que só soube enganar.

Até que enfim chegou o fim de semana

Fadas-4163

Traida pelas fantasias.

Fadas-4164
Me sinto traida
Pela vida,
Pelos Homens
E por mim mesma.
Meu caminho,
Fui eu mesma que escolhi,
Porém, faltou lucidez
Na hora das decisões corretas.
Me deixei enredar nas tramas
E armadilhas do mundo.
Vivi de um jeito irreal,
Onde sonhos e fantasias
Eram o meu dia a dia.
Ao descobrir
Que viver é muito mais
Que um conto de fadas,
E que o castelo cor de rosa
Era coisa da minha imaginação
Foi grande a decepção.
E quando constatei que
Não existe varinha de condão,
Para resolver os meus dilemas.
O encanto se quebrou definitivamente,
Entendi que eu não era uma princesa,
Mas uma simples mortal de carne e osso,
E que não há mágica para
Solucionar o insolucionável.
Então, tive a certeza de que
O real sempre me assustou
E por isso me refugiava
Nesse lugar que era só meu.
Mas como tudo é aprendizagem,
Espero, ainda em tempo,
Desvendar uma maneira,
De mudar a minha vida,
Sempre tão fora de foco
E que, seguramente, não é um livro
De ficção.

Uma parte de ti...


Tua parte ausente
É só silêncio,
Vagueia por caminhos tortuosos.

Chega-me de ti
Um sopro de melancolia,
Como se fosse
Uma leve brisa no meu rosto.

Tua parte ausente
É somente solidão,
Vagueia por estradas escuras.

Chega-me de ti
Um gosto de dor,
Como se fosse um beijo de despedida
De alguém
Quase sem vida.

Tua parte ausente
É só desilusão,
Vagueia na desesperança.

Chega-me de ti
Um pranto incontrolável,
Como se fosse o último ato
De alguém que perde a razão.

Tua parte ausente
Suplica por perdão,
Como se fosse possível esquecer
Tudo que sofri quando ela partiu.

Tua parte ausente
Já não faz parte do meu presente:
Está morta e sepultada
No fundo do meu coração.