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Teus olhos me desnudam,
Mesmo que me cubra até os pés.
Quero fugir
Mas não posso.
Paraliso-me diante de ti.
Por que me olhas assim,
Como se quisesses imprimir,
Para sempre, na memória
Esse meu jeito assustado,
Esse corpo solitário.
O que queres de mim?
Não posso te amar!
Permita que eu parta,
Antes que seja tarde.
Não quero magoar-te,
Não insista; evita-me.
Estou à deriva.
Tenho a alma imatura,
Sou menina insegura,
Com medo da vida!