quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Bons sonhos, amigos. Excelente quinta-feira!

Grito de dor


Você que é parte dessa indignação,
que coabita com a solidão,
que vai em busca de reparação,
Escute o meu grito de dor!
Tristeza-7077
Você que dilacerou meu coração,
que zombou do meu amor,
Que implorou por absolvição,
Escute o meu grito de dor!

Você que eu amei com ardor,
Não ouse pedir perdão,
Você já foi sentenciado.
Escute o meu grito de dor!

Seus companheiros de exílio
Serão o arrependimento
E uma a saudade constante.
Escute o meu grito de dor!

Anseios e devaneios


Anseio...

Pelo teu regresso,
Pelo teu sorriso aberto,
Pelo teu olhar discreto,
Pela tua voz envolvente.

Necessito...

Do teu afeto,
Do teu jeito sincero,
Do teu abraço terno,
Do teu beijo ardente.

Espero...

Te encontrar sem demora,
Te envolver em carícias,
Te amar sem reservas,
Te guardar,para sempre,


No meu coração.

Receio...

Que já não me queiras,
Que tenhas me esquecido,
Que outra te tenha,
Que tudo sejam sonhos,

Devaneios de um Ser Apaixonado.

"Eu digo, quero ser lida enquanto estou viva,
quero interagir com as pessoas e interferir
positivamente na vida delas.
Depois de morta,
que outro chato me substitua".
(Ana Mello)*

*Escritora Ana Mello. Tem poesias publicadas no 16ª Antologia da Câmara Brasileira de Novos Talentos, na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 1 www.camarabrasileira.com.br, e em três antologias da Editora Litteris www.litteris.com.br: Poesias de Amor para Sempre, Sonhos Para os Novos 365 Dias e Palavras Além do Tempo.
É colunista da Revista Literária Vereda, no Mundo Cultural, na Kplus, na Usina de Letras e no Mar de Poesias

Fragmentos de uma Alma dilacerada

Recolho, aqui e ali,
Os '"cacos"que restaram
De uma Alma fulminada
Por uma paixão arrebatadora.
Ingênua,a pobre Alma,
Entregou-se com muito ardor,
A um sentimento intenso demais,
Numa busca frenética

De todo tipo de prazer
Que pudesse obter.
Era tudo fascinante,
Tudo inusitado.
Não havia como saber,
Que a paixão que lhe consumia
Era unilateral.
E, enredada no emaranhado
De emoções que eclodiam,
Da noite para o dia,
Não percebeu, quando
A chama que iluminava
A sua nova vida
Pouco-a-pouco
Foi enfraquecendo,
E uma penumbra
Carregada de maus presságios,
Passou a ser constante.
O que era puro deleite,
Foi dando lugar
A outros sentimentos
Que lhe causaram aflição.
Era o prenúncio da perda,
De toda a felicidade,
Do que pensou
Ser para todo o sempre.
E assim, se iniciou
Uma triste caminhada
Em direção ao fim
De uma história,
Que ela imaginava
Ser a protagonista.
Porém, fora só mais uma
Entre tantas figurantes.
Quando, finalmente,
Deu-se conta do grande engano,
Implorou para o Outro
Não partir,
Mas foi inúti.
Depois que ele se foi,
A dor foi tanta,
Que Alma se fragmentou.
Hoje, recolho seus pedaços.
Procuro uma maneira
De novamente recompô-la,
Pois ela é parte de mim.
Sou a única responsável
Por não tê-la preparado
Para as desventuras
Que a vida, sem piedade, nos reserva.