"Sou uma mulher madura que às vezes anda de balanço; sou uma criança insegura que às vezes anda de salto alto"
( Marta Medeiros )
Penso que tem tudo a ver comigo!
Parece que foi ontem...mas faz muito tempo. O dia estava chuvoso e frio, A cor era cinza e tinha gosto de melancolia. Vesti minha capa e peguei o guarda-chuva. Desci as escadas e dei na avenida. Por causa da chuva, o trânsito era um caos. Serpenteei entre os automóveis; esbarrei nos transeuntes, Que confusão! Olhei pro relógio; atrasado outra vez. Cheguei na estação do metrô. Lá foi o trem, agora era esperar pelo próximo. Sentei-me num banco; abri o jornal. Senti que alguém tocava meu braço, virei-me, Ali estava ela, toda molhada a olhar para mim. Seus olhos eram da cor do céu daquela manhã, A boca era vermelha e apetitosa, Igual a maçã do amor. Quem seria aquela mulher... Voltei à realidade, quando ouvi sua voz , Delicada e macia, tal qual um veludo: Por favor, você tem horas? Sim, eu tinha. A partir daí, eu teria todas as horas só para ela. Os dias se passaram; meses, e eram só de felicidade! Maria era minha alegria, a razão de viver. Eu acordava e dormia...dormia e acordava, e lá estava Maria. Não vi os anos passarem, porque com Maria esquecia do tempo. Não me dei conta que os amigos haviam ido; quando? Mas pouco importava; eu tinha Maria! Os colegas do serviço ganharam promoção, Eu continuava com o mesmo salário. Dinheiro pra quê, se eu tinha Maria. Então, numa tarde, tudo mudou Foi aí, que comecei a morrer. Chamei por Maria. Ela não respondeu. Procurei-a por toda casa, mas Maria não estava. Estava na porta da rua, quando vi o papel debaixo do porta-retato. Era um bilhete, e a letra era de Maria. Assim, estava escrito: Preciso partir, desculpa se não me despeço, Estou com muita pressa. Eu li e reli, por horas a fio, o bilhete de Maria. Novamente não vi o tempo passar. Hoje, encontro-me aqui, no mesmo lugar onde conheci Maria, Espero sentado, no mesmo banco, a volta dela. Um instante... Pensei que fosse Maria!
Esse é um espaço onde me refugio. Nele, me permito expressar meus sentimentos e fazer reflexões acerca da vida e de tudo aquilo que faz parte dela; também é um lugar que me dá grande prazer, pois posso desfrutar da companhia, mesmo que virtual, de todos os que me visitam.
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Blog da Lúcia
Obrigada por visitarem meu blog; se tiverem vontade, deixem um recadinho.
Uma mulher em dissonância com o seu tempo...eu não me adapto com determinadas regras e alguns padrões que a sociedade, atual, estabeleceu como adequados para serem seguidas.
Sou muito "na minha" e não aceito fazer coisas por obrigação, embora tenha que me submeter a isso, vez por outra; fazer o quê?
Gostaria de ser totalmente livre e autônoma para dirigir minha vida.
Sei que tenho um temperamento difícil e nem sempre sou compreendida, afinal, eu sou diferente; às vezes isso me causa sofrimento, porém é assim que eu sou, e resolvi que não vou mudar; cheguei a conclusão de que nesse mundo nada é garantido, portanto, nunca vou saber se seria mais ou menos feliz se pensasse e agisse de forma diferente.
Então, eu respiro, vivo e me administro conforme aprendi.
Para encerrar, quero dizer que sou apaixonanada pela vida!