sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Elvis será sempre um "Sonho" Inesquecível!


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Bons sonhos, amigos!!

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Los Amantes


¿Quién los ve andar por la ciudad
si están todos ciegos?
Ellos se toman de la mano: algo habla
entre sus dedos, lenguas dulces
lamen la húmeda palma, corren por las falanges,
y arriba está la noche llena de ojos.

Son los amantes, su isla flota a la deriva
hacia muertes de césped, hacia puertos
que se abren entre sábanas.
Todo se desordena a través de ellos,
toda encuentra su cifra escamoteada;
pero ellos ni siquiera saben
que mientras ruedan en su amarga arena
hay una pausa en la obra de la nada,
el tigre es un jardín que juega.

Amanece en los carros de basura,
empiezan a salir los ciegos,
el ministerio abre sus puertas.
Los amantes rendidos se miran y se tocan
una vez más antes de oler el día.

Ya están vestidos, ya se van por la calle.
Y es sólo entonces
cuando están muertos, cuando están vestidos,
que la ciudad los recupera hipócrita
y les impone los deberes cotidianos.
( Julio Cortazar )

A loucura que liberta


Alguns chamam de loucura.
Eu digo que é salvação.
Quem pode saber...
Só aqueles que, como eu,
Experimentaram
A doce sensação
De transcender o "real",
Viajar para o ficcional.
Será loucura atravessar

O portal do "irreal"?
Eu digo que é magia,

Fantasia, alegria!
Quem pode saber...
Talvez aqueles que,

Feito "bêbados equilibristas",
Dão passos inseguros
Na corda bamba da vida.
Loucura?
Não. Redenção!

Narciso e Narciso


Se Narciso se encontra com Narciso
e um deles finge
que ao outro admira
(para sentir-se admirado),
o outro
pela mesma razão finge também
e ambos acreditam na mentira.

Para Narciso
o olhar do outro, a voz
do outro, o corpo
é sempre o espelho
em que ele a própria imagem mira.
E se o outro é
como ele
outro Narciso,
é espelho contra espelho:
o olhar que mira
reflete o que o admira
num jogo multiplicado em que a mentira
de Narciso a Narciso
inventa o paraíso.
E se amam mentindo
no fingimento que é necessidade
e assim
mais verdadeiro que a verdade.

Mas exige, o amor fingido,
ser sincero
o amor que como ele
é fingimento.
E fingem mais
os dois
com o mesmo esmero
com mais e mais cuidado
- e a mentira se torna desespero.
Assim amam-se agora
se odiando.

O espelho
embaciado,
já Narciso em Narciso não se mira:
se torturam
se ferem
não se largam
que o inferno de Narciso
é ver que o admiravam de mentira.

Ferreira Gullar

Desabafo de um bipolar


Que horror,
Sofrer desse mal.
Só mesmo quem dele padece,
Para poder avaliar
Como é triste passar
Pelas mudanças de humor,
Sofridas constantemente.
Quando predomina a euforia,
Nos sentimos confiantes, poderosos;
Olhamos a vida com óculos cor-de- rosa.
Porém, quando vem a depressão,
Tudo fica sem graça.
Perdemos a vontade de tudo,
Muitas vezes até de viver.
Pensando em mim,
E em todas as vítimas
Dessa doença meio sem solução,
Resolvi abordar essse assunto
Em forma de prosa poética,
Para que ele se torne, assim,
Um pouco mais leve.
Afinal, nem todos compreendem
Quando nos vêem numa crise.
Queridos amigos, faço um apelo:
Tenham paciência conosco,
Não é fácil, nem mesmo para nós,
Suportar tamanha dor.
Nosso dia-a-dia depende sempre
Da mesma variável: o humor,
Que ora ilumina nossa alma
E é libertador;
Ora a obscurece e é devastador.

Eu sigo esse blog; ele é show!!!