Como em espelho distorcido,
Vejo uma imagem nele refletida,
Semelhante a uma massa disforme,
Quase sem contorno; que se agita
E se projeta como se quisesse
Transpor as fronteiras
Daquele universo opressor,
Que lhe tolhe a liberdade
E a transforma num ser
Difuso e inaudível,
E que ainda assim se rebela
Porque se mantém lúcido.
Sempre vigilante,
Não perde a consciência,
Sua única aliada
Na luta contra o dominação.
Assustada, dou alguns passos
Para trás e digo para mim mesma
Que nada daquilo é real,
É somente ilusão,
Distorção de foco.
Olho para outro espelho,
Nele vejo a imagem
De um outro ser,
Esse é real; pleno,
Tem um sorriso nos lábios
E um olhar confiante.
Me aproximo da imagem
E nela me reconheço.
Viro as costas e caminho aliviada.
Semelhante a uma massa disforme,
Quase sem contorno; que se agita
E se projeta como se quisesse
Transpor as fronteiras
Daquele universo opressor,
Que lhe tolhe a liberdade
E a transforma num ser
Difuso e inaudível,
E que ainda assim se rebela
Porque se mantém lúcido.
Sempre vigilante,
Não perde a consciência,
Sua única aliada
Na luta contra o dominação.
Assustada, dou alguns passos
Para trás e digo para mim mesma
Que nada daquilo é real,
É somente ilusão,
Distorção de foco.
Olho para outro espelho,
Nele vejo a imagem
De um outro ser,
Esse é real; pleno,
Tem um sorriso nos lábios
E um olhar confiante.
Me aproximo da imagem
E nela me reconheço.
Viro as costas e caminho aliviada.