quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Luxúria

Tal qual uma mulher astuta,
A luxúria se transmuta.
Como se fosse a um baile à fantasia,
Usa máscara colorida,
Para encobrir sua real identidade.
Baila pelo salão divinamente
E a todos encanta,
Tamanha é sua sensualidade.
Quando chega a madrugada,
Ela parte, levando consigo
Um desavisado qualquer
Que, hipnotizado
Diante de sua lascívia,
A ela se entrega sem nenhum pudor,
Imaginando, equivocadamente,
Que ela seja o Amor.
Quando saciados os seus desejos,
A luxúria, então, se revela
E, para decepção do outro,
Mostra sua essência
Nua e crua.
Máscara caída, ela é reconhecida:
Não, não é o Amor.
É tão-somente desejo insandecido
Por um alguém
Que possa lhe proporcionar
Momentos de puro prazer.
Ser de múltiplas máscaras,
Ela pode ser vista, constantemente,
Nos bailes da Vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário