Tal qual uma mulher astuta,
A luxúria se transmuta.
Como se fosse a um baile à fantasia,
Usa máscara colorida,
Para encobrir sua real identidade.
Baila pelo salão divinamente
E a todos encanta,
Tamanha é sua sensualidade.
Quando chega a madrugada,
Ela parte, levando consigo
Um desavisado qualquer
Que, hipnotizado
Diante de sua lascívia,
A ela se entrega sem nenhum pudor,
Imaginando, equivocadamente,
Que ela seja o Amor.
Quando saciados os seus desejos,
A luxúria, então, se revela
E, para decepção do outro,
Mostra sua essência
Nua e crua.
Máscara caída, ela é reconhecida:
Não, não é o Amor.
É tão-somente desejo insandecido
Por um alguém
Que possa lhe proporcionar
Momentos de puro prazer.
Ser de múltiplas máscaras,
Ela pode ser vista, constantemente,
Nos bailes da Vida.
BARBOSA
Há 14 horas
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