sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Eu sigo o Blog Reino Gato: ele é sensacional! A primeira gatinha é minha e a última, himalaio, é a da minha filha.


BA: Salvador vai ganhar primeiro museu multimídia da música negra




BA: Salvador vai ganhar primeiro museu multimídia da música negra
:Bahia, Carlinhos Brown, Centro de Música Negra, cultura negra, Museu, Salvador - iurirubim às 9:25
Uma coletiva de imprensa, realizada ontem à tarde, anunciou a criação, em Salvador, do Centro de Música Negra, o primeiro museu multimídia dedicado à música negra em todo o mundo.
O empreendimento é uma parceria entre o grupo de mídia francês Mondomix, Carlinhos Brown e a Secretaria de Cultura da Bahia e deve ser inaugurado daqui a um ano, em dezembro de 2010. O Centro será instalado no Museu du Ritmo, casa de espetáculos de Brown localizada no bairro do Comércio.
O Centro de Música Negra terá salas de exposição permanentes e temporárias, um centro de pesquisa e documentação online, café, restaurante, e espaço para shows, palestras e workshops. O seu projeto cenográfico é assinado pelo arquiteto paulista Pedro Mendes Rocha, também autor do projeto arquitetônico do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo.
Ao apresentar o desenho do novo museu, o arquiteto não se contém e afirma: “Para mim, o nazismo e a escravidão foram os maiores exemplos de loucura coletiva da humanidade”.
Responsável pela concepção e produção do projeto - bem como pela pesquisa do conteúdo artístico, realizada com a colaboração de especialistas internacionais -, a Mondomix projeta um museu sensorial e interativo, repleto de inovações tecnológicas cujo objetivo é fazer o público imergir nas sonoridades com DNA africano.
O conteúdo do novo museu é inesgotável, afinal, não param de surgir, em cada canto do mundo, novos artistas, grupos e ritmos derivados, inspirados, enfim, herdeiros da cultura negra.
Após a entrevista coletiva foi inaugurada uma exposição multimídia temporária, um pequeno aperitivo do que será o Centro de Música Negra, que poderá ser visitado de hoje até 15 de novembro, das 18h às 22h.

“Os tambores nasceram para substituir as armas”
Óculos escuros, uma espécie de turbante estilizado, um colar de contas por cima da roupa. Sentado em meio à mesa como um cacique, Carlinhos Brown faz um discurso emocionado, expressando tanto a dor ainda hoje presente na vida dos negros quanto a esperança de construir um planeta mais pacífico, harmonioso e tolerante.
- Tem sido árduo nos manter não-violentos com leis que não criamos e que não nos protegem com a dignidade que necessitamos. Nós, africanos, temos que vencer essa dor, essa miséria. Não a pobreza, porque a pobreza nós sempre estivemos preparados para enfrentar - diz o cantor.
Embora confiante na construção de um mundo que valorize a diferença, a fala de Brown também revela as cicatrizes ainda vivas de séculos de escravidão.
- Falam muito de Cristo. Eu acredito em Cristo. Mas Cristo veio em muitas formas, em muitos navios negreiros - diz.
Brown, com a cantora Mounira Mitchala (Chade): "Nós nos perdemos quando esquecemos nossas origens"
O músico defende ser preciso “reeducar o mundo” a partir de práticas e valores das culturas negras e indígenas. “Os tambores nasceram para substituir as armas”, afirma.
- Nós nos perdemos quando esquecemos nossas origens. A África está adormecida em todos aqueles que pensam que não somos todo africanos. Não falo apenas dos negros não - todos viemos da África. A natureza pode ter vários nomes. Um deles é África.
Para Brown, o Centro de Música Negra tem o papel de oportunizar esse retorno às origens, o contato com matrizes culturais renegadas pela cultura ocidental e o intercâmbio entre diferentes culturas.
- Aqui as crianças vão encontrar o que não vêem nas suas escassas horas nas salas de aula. Vamos tirar de cena o tráfico e fazer um tráfego de cultura a partir do Centro de Música Negra. O Centro amarra esse nosso desejo coletivo de unir nossas culturas e nos irmanarmos - advoga.
O momento mais emocionante da entrevista coletiva é a menção que Brown faz a Neguinho do Samba, falecido no dia 31 de outubro: “Queria muito que um dos meus heróis, um dos meus mentores, Neguinho do Samba, estivesse aqui de corpo presente”.
O cantor lembra do trabalho de Neguinho do Samba e diversos outros líderes negros, especialmente aqueles que atuam no centro histórico de Salvador, e faz um chamado:
- Nós vamos levantar o Pelourinho. Vamos rever o Pelourinho como um centro de liberdade do nosso povo.


(fotos: Edgar Souza/ Divulgação)

Metáforas: para falar de um Amor que fracassou...

Restou-me só lembranças .
Era outono,
Tempo de cultivar felicidade.
Semeei Amor
Em canteiro preparado
Com muita esperança.
Todos os dias,
Ele era regado
Com chuvas de verão
E dele exalava
Um perfume primaveril.
Quando veio a Primavera,
Colhi os mais belos frutos
Da estação.
O tempo passou,
E uma nova estação chegou.
Era o inverno,
Que trouxe na bagagem
A devastação.
Todo o meu esforço
Foi em vão.
Um frio intenso
Dizimou o que cultivara,
Com tanta dedicação.
Hoje, me encontro só,
Enregelada e imobilizada,
Recordando o Amor
Que não vingou.

Traduzir-se

Uma parte de mim
E todo mundo:
Outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.


Uma parte de mim
multidão é:
outra parte estranheza
e solidão.


Uma parte de mim
Pesa, pondera:
outra parte
delira.


Uma parte de mim
alomoça e janta:
outra parte
se espanta.


Uma parte de mim
permanente é:
outra parte
se sabe de repente.


Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
Linguagem.


Traduzir uma parte
na outra parte
_ Que é uma questão
de vida ou morte _
arte será?


Ferreira Gullar

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Timidez



Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...


- mas só esse eu não farei.


Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...


- palavra que não direi.


Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,


- que amargamente inventei.


E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...


e um dia me acabarei.


Cecília Meireles

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Linda!!

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Com licença poética


Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não POSSA casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo. Cumpro uma sina.
Inauguro linhagens, fundo reinos
- Dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
Já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.


(Adélia Prado)

sábado, 7 de novembro de 2009

Ela se chama Shana; é uma das minhas paixões!!

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Sábias palavras!


Saber Viver


Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.


Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.


E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura...
Enquanto durar.


(CoraCoralina)
AMIGOS de verdade


Depois de perder os pais esse orangotango de três anos de idade estava tão deprimido que se recusava a comer e não respondia muito bem aos tratamentos e remédios. Os veterinários achavam que ele iria se entregar à morte. O velho cão foi encontrado perdido nos arredores do zoológico, e quando levado para dentro da sala de tratamento, se encontrou com o orangotango, e os dois se tornaram amigos inseparáveis desde então.
O orangotango encontrou uma nova razão para viver e se esforça ao máximo para fazer seu novo amigo acompanhá-lo em suas atividades.
Eles vivem no norte da California e a natação é o esporte favorito de ambos, embora Roscoe (o orangotango) ainda tenha um pouco de medo da água e precise da ajuda do amigo para atravessar a nado.
Eles passam o tempo todo juntos e podemos ver, pelos sorrisos e risadas, o quanto são felizes.
Juntos descobriram o lado engraçado da vida e o valor da amizade.
Encontraram mais do que um ombro amigo para debruçar...







E viva a AMIZADE!!!