quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Fragmentos de uma Alma dilacerada

Recolho, aqui e ali,
Os '"cacos"que restaram
De uma Alma fulminada
Por uma paixão arrebatadora.
Ingênua,a pobre Alma,
Entregou-se com muito ardor,
A um sentimento intenso demais,
Numa busca frenética

De todo tipo de prazer
Que pudesse obter.
Era tudo fascinante,
Tudo inusitado.
Não havia como saber,
Que a paixão que lhe consumia
Era unilateral.
E, enredada no emaranhado
De emoções que eclodiam,
Da noite para o dia,
Não percebeu, quando
A chama que iluminava
A sua nova vida
Pouco-a-pouco
Foi enfraquecendo,
E uma penumbra
Carregada de maus presságios,
Passou a ser constante.
O que era puro deleite,
Foi dando lugar
A outros sentimentos
Que lhe causaram aflição.
Era o prenúncio da perda,
De toda a felicidade,
Do que pensou
Ser para todo o sempre.
E assim, se iniciou
Uma triste caminhada
Em direção ao fim
De uma história,
Que ela imaginava
Ser a protagonista.
Porém, fora só mais uma
Entre tantas figurantes.
Quando, finalmente,
Deu-se conta do grande engano,
Implorou para o Outro
Não partir,
Mas foi inúti.
Depois que ele se foi,
A dor foi tanta,
Que Alma se fragmentou.
Hoje, recolho seus pedaços.
Procuro uma maneira
De novamente recompô-la,
Pois ela é parte de mim.
Sou a única responsável
Por não tê-la preparado
Para as desventuras
Que a vida, sem piedade, nos reserva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário