sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vazio existencial.


Não há mais nada
Que eu possa fazer,
Para evitar
O inevitável.
Meus pensamentos
Tornaram-se confusos,
As minhas frases desconexas.
Pouco a pouco emudeci.
Um vazio existencial
Apoderou-se de mim.
Olho ao meu redor
E só vejo desesperança.
Transformei-me numa pessoa cética
Diante da vida.
Desaprendi a amar
E a sorrir.
Meus olhos secaram
De tantas lágimas derramadas.
Minha alma está amargurada
E o meu corpo inerte
Espera pelo desfecho final.
Que ele seja breve
Para que eu possa, enfim,
Sair desse mundo cruel
Que só me trouxe dor.
Tudo está preparado:
Enfeitei meu quarto
Com flores frescas,
Coloquei na cama
Meus lençóis mais bonitos.
Borrifei minhas vestes
Com meu perfume preferido.
Deitarei e dormirei
O sono eterno.
Quando me encontrarem,
Quero parecer serena.
Haverá quem me chame de covarde.
Talvez tenha razão.
Porém, já tomei a decisão.
A vida é minha
E sobre ela, quem decide sou eu.
Então, é adeus!

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