quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Incerteza

Será que te amei?

Talvez...
Às vezes penso que sim,
Em outras penso que não.

Como saber se faz tanto tempo,
Que a tua imagem
Da minha lembrança se foi.

Será que te amei?

Pode ser...
Jamais imaginei sobreviver
A tua ausência,
Ficar sem teus beijos,
Adormecer sem o calor dos teus abraços.
Mas estou aqui:
Mulher - Inteira,
Consciente e absoluta.

Será que te amei?

Já não sei...
Seguiste em uma direção,
Eu segui por outra,
Tenho fé no que virá.
Um novo tempo me espera.
Quem sabe, agora,
Sem equívocos; sem enganos,
Eu viva, finalmente, o verdadeiro Amor,
Aquele... que há muito me espreita,
Com toda paciência.

Será que te amei?

Agora eu sei,
Foi pura ilusão; caprichos juvenis...

É difícil dizer adeus...

Dizer adeus dói,
Mesmo que seja para nos libertar
Daquele que só causa dor,
Nos faz tanto mal.
Como dói dizer adeus
!
Desprender-se do ser,

Que só faz ferir, magoar,
Que nada dá,
E tudo quer.
É triste dizer adeus,
Quando um pouco de nós,
Com o outro se vai.
Mas...é preciso romper,
Com tanto sofrer,
Fugir desse alguém, que faz de refém,
Um coração magoado, desatinado.
Esse pobre coração carente,
Que quer, tão somente,
Encontrar o seu bem:

O verdadeiro bem-querer!

O Adeus sem radicalizar do blogueiro Saramago. Twitter, sem cogitação


Abaixo, leia o texto de despedida, do Saramago
ADEUS.
“Diz o refrão que não há bem que sempre dure nem mal que ature, o que vem assentar como uma luva no trabalho de escrita que acaba aqui e em quem o fez.
Algo de bom se encontrará nestes textos, e por eles, sem vaidade, me felicito, algo de mal terei feito noutros e por esse defeito me desculpo, mas só por não tê-los feito melhor, que diferentes, com perdão, não poderiam eles ser.
Às despedidas sempre conveio que fossem breves. Não é isto uma ária de ópera para lhe meter agora um interminável adio, adio. Adeus, portanto. Até outro dia?
Sinceramente, não creio. Comecei outro livro e quero dedicar-lhe todo o meu tempo. Já se verá porquê, se tudo correr bem. Entretanto, terão aí o “Caim”.
P. S – Pensando melhor, não há que ser tão radical. Se alguma vez sentir necessidade de comentar ou opinar sobre algo, virei bater à porta do Caderno, que é o lugar onde mais a gosto poderei expressar-me.”
José Saramago.

Sábias Palavras!


Aprenda a "arte da superação" e acabe com ressentimentos.

Quem nunca se sentiu rejeitado, ferido ou traído por alguém? O que fazer neste momento? Como definir a linha tênue que separa estes dois extremos: a vontade de se vingar e a arte de superação? Essa última alternativa transforma você em um vencedor na virtude, pois irá beneficiar mais a si mesmo do que o outro que o prejudicou. Trata-se de um processo interno para compreender a responsabilidade por uma nova percepção e aceitação da vida.
Mais importante entender que essa superação não significa que foi colocada uma pedra sobre o assunto - sei que não é fácil -, pois significa aceitar o comportamento abusivo do outro.
A principal lição é que você não vai mais errar, mas, sim, superar e vencer. Vai livrar-se de algo e sua vida mudará para melhor porque irá retirar do dia a dia um sentimento ruim e passar a acreditar que a felicidade existe; irá aprender a amar e aceitar que os outros também têm seus defeitos.
A raiva é o veneno, e a superação de uma etapa difícil é o antídoto; quem se perde na raiva, na vergonha ou na culpa, se torna um prisioneiro desvitalizado e quem guarda ressentimentos indica que é incapaz de superar o que aconteceu.
Quando alguém diz: "não tenho forças para continuar", implica na ilusão de crer que o outro é poderoso e isso não é verdade, pois sua tarefa é reunir o que foi dispersado, ou seja, nada mais do que retornar a unidade original.
Toda iniciação é uma morte e um renascimento; um iniciado precisa se um tornar mestre e ao mesmo tempo vítima na sua vida.
Para ser indestrutível temos que ser primeiro destruídos. O fundamento do sacrifício em qualquer religião é dividir para depois reunir; se desintegrar para depois reintegrar-se e sendo um, você se tornará "muitos".
A sabedoria é a única saída para ter a coragem para enfrentar a vida depois da experiência da perda, da traição, da raiva, do lamento e da solidão.
Nesta jornada, o que deve haver é coesão com a sua identidade e sua alma; a única maneira que conheço para sobreviver e ser diferente das pessoas comuns, mas pelo menos continuar conectado com o mais sagrado, o seu mundo divino.

Monica Buonfiglio/ Terra